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Como podem as empresas reagir à crise pandémica?

December 18th, 2020

Olhando para os dados emitidos pela Harvard Business Review, os números demonstram: um declínio no comércio de mercadorias entre os 13-32%, uma diminuição de 30-40% no investimento direto estrangeiro e uma queda de 44-80% nos passageiros das companhias aéreas internacionais em 2020. 

No entanto, mesmo em setores que apresentam uma grande perturbação, há motivos para otimismo. De acordo com o Grupo TMF, com o intuito de facilitar o fluxo de negócios estrangeiros durante este período, muitos governos estão a simplificar e a digitalizar sistemas complexos que anteriormente tinham sido um obstáculo à expansão internacional.

Do mesmo modo, muitas empresas estão a demonstrar respostas rápidas ao nível da organização, marketing e foco empresarial, sem precedentes. Desta forma, para além do combate aos efeitos nefastos da pandemia, aproveitam ainda para se destacarem e fortalecerem a sua marca, em contraste com aqueles que não revelam capacidade para ultrapassar o contexto pandémico, tanto por fatores internos como por fatores de natureza alheia.  

O Fórum Económico Mundial desenvolveu os Princípios dos Stakeholders, encorajando as empresas a servirem como cuidadores responsáveis na gestão do impacto económico e humano da pandemia. Estes princípios referem-se a manter os empregados em segurança, defendendo os interesses dos fornecedores e clientes, ao mesmo tempo que oferecem apoio aos governos locais.

Posto isto, como é que as empresas sobrevivem ao obstáculo COVID-19?

  • Teletrabalho: soluções digitais para o local de trabalho:

Marcas líderes mundiais como a Google implementaram políticas universais de trabalho a partir de casa para todos os empregados;

  • Capacitar os escritórios locais com tecnologia digital:

A confiança nas reuniões à distância coloca todos numa organização na mesma página, onde quer que estejam os seus intervenientes. Os novos escritórios dos funcionários, as suas casas, deverão ser capacitados com meios tecnológicos para que consigam exercer as mesmas funções, como fariam se estivessem no escritório da empresa;

  • Vendas e fornecimento: reforço das relações:

Líderes empresariais como Alan Jope (diretor executivo da Unilever) trabalham no sentido de aliviar o stress da sua cadeia de fornecimento pagando imediatamente aos seus fornecedores locais e oferecendo condições de pagamento mais longas aos pequenos retalhistas que podem ser poupados por tais medidas;

  • As tecnologias digitais alimentam as poderosas ligações comerciais:

Um estudo da McKinsey (empresa de consultoria) com mais de 3600 decisores B2B divulgou as notícias não surpreendentes de que a maioria das vendas B2B são agora digitais: 96% foram transferidas para a venda online, 250% de aumento nas encomendas online e 30% de aumento na preferência dos clientes por encomendar através de uma aplicação.


Referências:

https://hbr.org/2020/05/will-covid-19-have-a-lasting-impact-on-globalization

by João Duarte